Altar Sagrado
Hoje, próximo
daquele momento mágico e divino que é “bater cabeça” aos Guias da Umbanda e Orixás diante de nosso Altar Sagrado, quero que pensemos sobre a
importância de nossas funções dentro de um Terreiro, quero que
façamos uma rápida avaliação se estamos realmente fazendo “o
melhor”. O melhor pelos outros e por nós.
Sei que as
dificuldades são grandes, que os percalços da vida tumultuam as
decisões quando nos referimos a uma caminhada espiritual, mas a
Paz de Espírito que sentimos quando respondemos positivamente a
questão acima, é superior a qualquer dificuldade, dor ou
angústia.
O fato é que
quando nos referimos à evolução espiritual, mais do que boa
vontade, precisamos de atitudes firmes, dignas e similares às
Forças Superiores das quais somos envolvidos.
Observo que muitos
médiuns quando saem do terreiro sentem-se ofendidos, julgam
demasiadamente e maldizem tudo, esquecendo que já se
beneficiaram muito daquela Casa, portanto, não olham e não
avaliam seu interior, não percebem a Grandeza da Espiritualidade
e a verdadeira necessidade de manifestar atitudes dignas e
amorosas como Simplicidade, Humildade, Colaboração,
Fraternidade, Confiabilidade, Fidelidade, Boa Vontade, Renúncia,
Solidariedade, Trabalho, Disciplina, Fé, Amor, Obediência,
Respeito, consequentemente, não ficam naquela Casa, não
conseguem ter afinidade.
O que mais lamento
em nossa doutrina umbandista é que poucos médiuns entendem a
afirmativa “muitos serão chamados, mas poucos serão os
escolhidos”, isso quer dizer que poucos médiuns se preocupam e
se esforçam para estarem na mesma vibração, na mesma energia e
na mesma sintonia das Forças Superiores. Não significa ser
“Santo”, tão pouco “Capacho”, mas sim reconhecer os
próprios erros, se esforçar diante do Sagrado e do ser humano,
melhorar a cada dia, afinal, reconhecer, se esforçar e melhorar
são sinais de HUMILDADE, que é a “Regra Áurea da Umbanda”.
Constatem comigo,
não entramos ou saímos de uma Casa à toa. Assim como não
existem coincidências para a espiritualidade, o que existe são
momentos, necessidades, tempo, permissões e principalmente Lei e
Justiça Divina.
Portanto,
precisamos sempre nos perguntar se estamos fazendo “o melhor”.
Precisamos sempre avaliar nosso íntimo, frear nossos instintos e
dominar nosso emocional para que possamos ter uma vida plena de
Paz, mesmo porque, são pelas nossas atitudes e pelo nosso íntimo
que somos vistos pelos Orixás e Guias Espirituais 24 horas por
dia, e não somente em dias de trabalho diante do Altar ao “bater
cabeça”.
Saibam, diante do
Altar não tem júri e nem juiz, algemas e nem cadeia.
Diante do Altar,
onde está Oxalá, somos advertidos e nos é permitido deixar a
nossa carga negativa aos pés dos Sagrados guias da Umbanda.
Diante do Altar
somos grandiosamente incentivados e vitalizados para percorrer o
caminho da dignidade, fidelidade, amor, fé e caridade.