Refletindo com Pombogira...



Admitir e vencer, ou concordar!

Quanto tempo mais verei daqui pessoas
entregando o resultado da própria vida nas
mãos de coisas tão abstratas quanto a “situação”,
o “acaso”, a “sociedade”, ao “Carma”, etc.?
Quantas oportunidades mais irão perder de
ter o controle total das vossas vidas e destinos,
ao culparem o “acaso”, a “sociedade”, ou ainda a
“situação”, pelos próprios erros e falhas perante
os compromissos assumidos?
Situações negativas que impuseram ao mundo
com a justificativa do próprio “jeito de ser” e, agora,
desesperam-se perante os choques de retorno.
Há, ainda, aqueles que ousam culpar Deus
pelas suas lástimas, justamente por faltar em suas
formações como seres humanos, uma “imagem”
um pouco mais realista e menos abstrata do Divino
Criador. E tantos outros, nem ao menos o estímulo
por essa busca se permitem, pois muitos são os
tabus, dogmas e proibições impostos pela sociedade,
pela família, religiões, etc., e autoimpostos pelo
próprio preconceito que vibra em vossos íntimos.
E tudo isso, por quê? Eu respondo: Por
estarem, cada vez mais, se especializando em
concordar ao invés de admitir!
“Concordar”, na maioria das vezes, é responder
de maneira desleixada aos próprios princípios e
ensinamentos da Vida! É contribuir com o apodrecimento
dos bons frutos que as experiências
da vida nos oferecem e podem bem ser colhidos
com honra por aqueles que, através das próprias
atitudes, colocam-se como centro de seus universos,
admitindo que tudo o que lhes acontece
é resultado de prévia ação ou sentimento gerado
por si próprios.
Acaba de “perder” um emprego? Ótimo! Admita
que suas ações e “jeito de ser” o colocaram
de frente à outra oportunidade mais “adequada”
ao seu nível de comprometimento. Agora, se vinha
sendo negligente com as mudanças, preguiçoso
com os horários, falso com os colegas... Ótimo,
também! Basta que admita que tem excelente
capacidade para fechar os próprios caminhos!
Há, há, há, há!
O mérito está no admitir que, principalmente
nas coisas indesejadas que nos acontecem ou
estamos envolvidos, temos nada mais que o resultado
de nossas ações retornando e jamais se deve
perder para o “acaso”, ou “sortes”, ou “azares”,
palavras essas que servem apenas para apoiarnos
em fraquezas e ilusões. Aquele que concorda
com “acasos”, “sortes” e “azares” desloca-se do
seu eixo da vida, tornando-se automaticamente
expectador da sua própria, criando os verdadeiros
abismos entre o que se tem e é, e o que se admite
ter e ser na vida. Ficando, assim, frente a frente
com as “qualidades” e “defeitos”, méritos próprios
e a apropriação de méritos alheios, o que é tão
grave quanto comum, mas que no espelho de
Pomba gira tudo se reflete! Há, há, há, há!
Então, antes de irem parar em seus próprios
abismos, aproveitem para concordar e admitir
que, principalmente, nos “fracassos” é que somos
autores da própria vida, pois o sucesso todos querem
assumir para si... Inclusive o sucesso alheio!
A partir disso, vá se reformando e parando de
tanto concordar falsamente com tudo o que se vê
e ouve de virtuoso, principalmente nos terreiros de
Umbanda que frequentam e, no final, nada disso
carregam e amadurecem dentro de si.
Admite melhor aquele que não concorda prontamente,
como quisesse “se livrar” das verdades
reais e permanecer cultivando inconscientemente
as próprias inventadas, e, logo em seguida, está
fazendo o contrário ao que se anuiu.
E quanto ao tempo que essa mudança irá
levar? Eu admito... isso é o que menos me importa.

Por DENILTON GUERRA, médium no Templo Luz Cristalina e Pai João da Caridade.

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