Alguns fundamentos dos Terreiros de Umbanda

Todo terreiro de Umbanda, ou melhor, todo templo religioso, deve ser fundamentado sobre algumas diretrizes e princípios dos quais todos os demais ensinamentos, ações e expressões devem sair.

Assim manter público e sempre exposto os princípios e fundamentos do terreiro deixarão claro como são os trabalhos, como dedicamos nossas vidas a nossa Umbanda e como procedemos os trabalhos de caridade. Acima de tudo tentamos manter vivos os ensinamentos de Jesus Cristo.

São os fundamentos dos Templos, Casas, Terreiros de Umbanda:

    - Daí de graça o que de graças recebestes. Não se aceita a cobrança por qualquer trabalho ou atendimento, seja por meio de moeda ou equivalentes, não vendais seus princípios em troca de favores.
    - Amar e aceitar todos os que ao terreiro recorrerem, encarnados ou desencarnados, sem preconceito seja ele social, saúde, racial, religioso ou de opção sexual;
    - A não aceitação e assim muito menos a prática de qualquer ato que produza, mesmo que indiretamente, o mal. Desta forma não são praticados atos que burlem, interrompam ou desviam a lei de ação e reação, tais como amarrações, prejuízos a outrem, ou punição a inimigos.
    - A prática da caridade (caridade entendido como o amor mais puro e desprendido a exemplo de Jesus Cristo), o que se exalta: “Ama a teu próximo como a ti mesmo”;
    - A crença nos Orixás como emanações de Deus, como a própria manifestação do Criador.
    - Na vida após a morte, na vida espiritual e na sucessivas encarnações (crê-se nas reencarnações) e que a liberdade verdadeira, e a felicidade verdadeira só serão alcançadas quando encerrarmos o ciclo de reencarnações;
    - Que todo espírito é filho de Deus e assim dos Orixás e merece nosso respeito, amor, dedicação e atenção. Para aqueles que tiverem que ensinar, aprenderemos, para aqueles que necessitarem de luz e amor, serviremos de instrumento para a força (axé) dos Orixás por meio de seus mensageiros;
    - Que os espíritos podem se comunicar com o mundo material por meio dos encarnados no fenômeno natural conhecido como mediunidade;
    - Que a mediunidade não é um Dom divino e sim uma faculdade que devemos zelar, proteger e desenvolver para dela fazermos a vontade do Pai;
    - Que os Orixás por serem a própria manifestação e essência divina não podem se manifestar diretamente nos terreiros de Umbanda. Assim o fazem por meio de espíritos de luz, os chamados guias, que se apresentam em formas, em roupagens fluídicas que denominamos forma-apresentação;
    - Um ritual como forma de disciplina e orientação, bem como de condução e concentração dos processos mediúnicos;
    - A lei de Ação e Reação, ou também conhecida como lei Kármica, que diz que toda ação, ou omissão que fazemos teremos um retorno. Somos hoje o reflexo de nossas ações no passado, quem magoamos, quem ajudamos. Assim o futuro de nossas vidas será o reflexo de nossas ações e omissão no momento atual. E que essa lei não é punitiva e sim educativa, por meio dela é que alcançaremos a iluminação e a felicidade;
    - Que a Umbanda é uma religião mediúnica e alquímica (ou magística). Isso significa que a Umbanda pode transmutar estados, sejam eles mentais, espirituais ou físicos.
    - A não utilização de qualquer sacrifício animal.
    - O Pai espiritual (Pai ou Mãe de Santo), deve tratar a todos médiuns, filhos da casa, consulentes, e quem quer que venha a casa de caridade com o mesmo propósito digno humano, a fim de não haver conflitos de interesses, cabe ao pai da casa manter a harmonia entre todos, dispor por igual suas atitudes, não descriminar nenhum filho de Deus, pois quem descrimina será descriminado perante seu julgamento final.

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